domingo, 15 de fevereiro de 2009

Descompressão + compressão = lubrificação.

Algum tempo atrás fiz uma postagem sobre alongamento axial e higiene discal.

Falamos sobre a coluna vertebral e a importância de criar hábitos higiênicos em relação à ela: sentar-se sobre os ísquios para conseguir uma bom alinhamento da coluna lombar, pensar em mandar a cabeça para cima como se fosse um balão, não nos pendurarmos para frente pois isso não relaxa ou alonga mas, pelo contrário, tensiona e coloca os discos numa situação de forte sobrecarga.


É importante que se tenha em mente que, assim como os ossos, as articulações precisam viver situações de compressão e descompressão. “O mecanismo de compressão e descompressão provê nutrientes e saúde para o disco (intervertebral)” (1) e para todas as articulações do corpo.

Vale destacar que a expressão alongamento axial refere-se, cientificamente, apenas à coluna vertebral. Quando nos referimos às demais articulações do corpo, podemos até utilizar a expressão alongamento axial, mas como uma comparação ou mesmo uma imagem.


Lembrem-se que, por um lado, devemos estimular a decoaptação ativa ou, como se diz em Eutonia, o micro-estiramento articular (2). Essa atitude promove a tomada de consciência, por parte de quem executa o gesto, de suas articulações através do estímulo aos proprioceptores presentes nas cápsulas articulares.


Por outro lado, para que esse momento seja rico em lubrificação, é fundamental que trabalhemos também situações de descarga de peso.

O próprio nome já assopra sua necessidade.


Quem não descarrega o peso através dos membros (destaque para os superiores) fica com a carga acumulada nos ombros mal organizados que engancham sua musculatura no pescoço como se ele fosse um cabide.


Na prática do estúdio as imagens para criar espaços articulares são as que remetem ao “mandar longe”, “espreguiçar a articulação”, “criar espaço entre os ossos”, “pensar num membro que continua para além do espaço que ocupa”, “tocar nas paredes”, “ir em direção ao céu”, “imaginar a articulação cheia de óleo”, etc.


Lembrem-se sempre de alternar cadeias fechadas e abertas, descargas de peso e momentos de decoaptação, sempre com alongamento axial.

Experimentem e me contem, abraço, Silvia.


(1) Educação Polestar Pilates, Manual PF/PR - Estudio e Reabilitação

(2) Eutonia, Berta Vishnivetz, Summus Editorial

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Sampa, SP, Brazil
Mulher, mãe, professora de Ed. Física, instrutora de Pilates, uma apaixonada pelo movimento: o meu, o seu, o de todos nós, o de todas as coisas..