terça-feira, 9 de dezembro de 2008

O apoio das mãos-braços-ombros nas barras do estúdio.

Gostaria de convidá-los a pensar comigo na relação que existe entre o nosso corpo e as barras do estúdio: a barra móvel do trapézio/cadillac e wall unit, a barra de pés (nem sempre) da Reformer, o pedal da cadeira, etc, em exercícios de descarga de peso de MMSS.

Estamos falando de exercícios como inclinação lateral, spine strech forward, gato de joelhos e outros que se utilizam desta estrutura.

O que costuma acontecer, e quem é instrutor está careca de saber disso, é que muitas vezes o ombro acaba indo junto, ou seja, os braços empurram a barra levando a cintura escapular junto.

O que eu gostaria de sugerir hoje é a seguinte idéia: numa situação de braços estendidos com descarga de peso na barra pense que a barra empurra seus ossos e que uma estrutura firme se forma então: o apoio de sua mão, seus ossos do braço e sua escápula abraçada a seu gradil costal. Grande espaço entre ombros e orelhas, sensação de ativação na axila, na depressão da escápula.

Se o exercício é uma inclinação lateral no trapézio: estamos sentados ou em sereia com o braço direito estendido e mão apoiada na barra torre. Através da mão o braço recebe o empurrar da barra que através da articulação escapulo umeral também empurra o gradil costal que espreguiça do lado oposto, no caso o esquerdo. Podemos acentuar o movimento em elevando o braço esquerdo, mas ainda assim a barra mal se move pois ela está empurrando o tronco para a esquerda. Ísquios plantados no assento (seja ele qual for)

Caso você empurre a barra, provavelmente desorganizará a cintura escapular e, ao invés de promover um gostoso espreguiçar e mobilizar das costelas e vértebras torácicas (região geralmente rígida e ávida de movimento), cairá no fácil, adivinha? Na lombar!

Esta idéia vai para todas as descargas de peso em MMSS. Na foto estamos vendo o exercício na Reformer.

Mas como assim? O carrinho não anda?

Praticamente nada! Se iniciarmos com braço flexionado, o carrinho moverá apenas a extensão do braço. Na hora da flexão lateral da coluna a barra te empurra e não você a ela!

Lembre-se você quer promover uma flexão associada ao alongamento axial, ou seja, ambos os lados espreguiçam. Se exageramos acabamos massacrando o disco intervertebral. A idéia é apenas mobilizar as vértebras e costelas massageando o disco e sempre criando espaço.

Experimentem e me contem!

2 comentários:

Ana Paula disse...

Depois vou fazer esse exercício pensando nisso...
Então, no caso do cadilac, que a barra é móvel, o braço que apoia na barra não deve ir muito, só mesmo na extensão do cotovelo, né?
E no caso da sereia torta (aprendi com esse nome), o que mudaria seriam as fibras musculares e acredito q force menos ao erro forçando lombar. Deu pra entender??
Obrigada
www.blogamopilates.blogspot.com
Ana

Silvia Gomes disse...

Oi Ana, em relação a não empurrar muito, a idéia é essa mesmo. Manter enraizada a bacia, e aproveitar a barra para ajudar na flexão lateral da coluna.
A sereia torta eu não sei qual é o exercício e não entendi a pergunta.Você pode explicar melhor? Beijão, te aguardo, Silvia.

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Sampa, SP, Brazil
Mulher, mãe, professora de Ed. Física, instrutora de Pilates, uma apaixonada pelo movimento: o meu, o seu, o de todos nós, o de todas as coisas..