segunda-feira, 8 de junho de 2009

Descansando o braço em sua articulação.

Um elemento importante que devemos levar em consideração quando trabalhamos com estabilização da cintura escapular é a compreensão da movimentação das escápulas em relação ao úmero.
Este entendimento auxiliará o instrutor a escolher dicas verbais e tácteis adequadas aos seus alunos. É importante estimulá-los a compreender as mudanças de posição das escápulas para que essas atuem a favor da estabilização do ombro e consequente liberação da tensão do pescoço.

Utilizamos muito nas aulas expressões como "abaixe os ombros", relaxe os ombros" e são, de fato, muito úteis.
Tenho notado, entretanto, que recomendações, dicas que remetam mais a peças ósseas, à sensações articulares - como a busca dos deslizamentos, a idéia dos tobogans internos - são muito mais eficazes. Observe ao lado a imagem de Eric Franklin.
Quando elevamos o braço, a escápula gira no próprio eixo. Desta forma a cavidade gleno umeral, aonde se insere o úmero, vira sua "boca" mais para cima permitindo que o braço, mesmo estendido e elevado acima da cabeça, tenha aonde repousar, descansar.

Outra imagem fantástica do Eric Franklin é a da areia acumulada acima das espinhas das escápulas que é derrubada pelos lados da coluna quando os braços sobem e elas giram no próprio eixo. Observem no segundo desenho, o da areia caíndo, o úmero lá em cima e completamente apoiado e descansando dentro da glenoumeral. Vejam que bacana!!


É fundamental que estimulemos o aluno a despertar para essas sensações.
1) Coloque as mãos sobre uma escápula do aluno e, enquanto o mesmo eleva o braço, acompanhe o movimento da escápula como se girasse uma maçaneta para dentro
2)Coloque as duas mãos simultaneamente, uma em cada escápula e gire as duas maçanetas para dentro, enquanto os dois braços elevam estendidos ou saindo da flexão para extensão, para cima.
3) Outra ação muito boa é , como na foto ao lado, enquanto a barra torre da assistência para a elevação do braço, o instrutor tracionar o úmero do aluno suavemente para dentro, em direção a seu encaixe na escápula (gleno umeral).
4) Lembre-se de incentivar no aluno a busca dos deslizamentos durante todas essas ações.

É isso aí, experimentem e me contem! Beijo, Silvia.

12 comentários:

Jader disse...

Muito bacanas as colocações...
parabéns pelo blog!!!
abraços

Silvia Gomes disse...

Oi Jader, a casa é nossa. Entre e fique a vontade, abraço, silvia.

Unknown disse...

Silvia...muito legais as ilustrações,é bem o que vc fala, tem que sentir deslizar sem forçar ,mesmo não podendo comparecer sempre nas aulas como eu gostaria (Marcelo não está bem...), adorei qdo minha mãe reparou que estou com a postura melhor,com a musculatura do pescoço e braços mais definidas...bom né?
Beijo,sempre que posso te leio aqui e aprendo mais!!Angela

Silvia Gomes disse...

Oi querida! E eu adoro receber suas visitas! Beijos, e vá buscando seus tobogans internos... silvia.

Renata Batista disse...

Muito boa sua explicação, como sempre... E o que são as figuras deste livro? Sempre fantásticas, to pensando em comprá-lo...

Bj!

Silvia Gomes disse...

Não pense.. compre! Basta um cartão de crédito internacional. Compre no site da Amazon books. Não pagamos nenhuma taxa por livros.. O autor é Eric Franklin. Qualquer um dele é bom. Beiejo silvia.

Anônimo disse...
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Patricia Lobo disse...

Oi Silvia vim aqui correndo hoje para dar um alô e tambem claro encher o saco hihihih.
Obrigada por dar atenção as minhas dúvidas e principalmente em relação a cintura escapular, acho que ja são dúvidas existenciais hehe. Entao sabe esta foto ai que vc colocou muito boa por sinal, pois é me diz uma coisa, a escapula ai esta em rotação externa né, pois o braço esta em flexão, agora quando existe o movimento de puxar a barra a escapula faz uma suave rotação sobre seu eixo para uma posição mais medial ou sempre se mantem em rotação externa e é a cabeça do úmero quem mexe?????

Obrigadissimo e beijinho gde

Silvia Gomes disse...

Oi Patrícia, acredito que precisamos Até um certo ponto da abdução do braço, o úmero desliza na gleno umeral sem que haja grandes movimentos das escápulas.
A partir daí a escápula faz uma báscula/rotação externa lcolocando a glenóide numa posição mais favorável para receber (e permitir) o apoio do úmero.
Na volta a escápula desfaz o caminho da ida acompanhando, novamente, o úmero: rotação medial, estabiliza e o úmero segue seu movimento de adução. É isso! Beijo.

Patricia Lobo disse...

Oi Silvia, entendi, ou seja neste exercico, a escapula mexe tanto em rotaçao externa quando o braço sobre e medial quando o braço puxa a barra? Tinha a idéia que a escapula estaria em rotaçao externa e o úmero mexia em abduçao e aduçao sem que a escapula mexe-se. Ou como vc disse são pequenos movimentos qeu a escapula faz né!!

Beijinhos e obrigada mais uma vez

Silvia Gomes disse...

Oi Pati, é isso aí! Dá uma olhada no desenho do Eric Franklin com atenção que a gente vê bem o movimento da escápula comparando o primeiro ao segundo movimento/desenho. Beijos!

Anônimo disse...

Bacana!!
Só faltou um detalhe no texto Aonde=onde

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Sampa, SP, Brazil
Mulher, mãe, professora de Ed. Física, instrutora de Pilates, uma apaixonada pelo movimento: o meu, o seu, o de todos nós, o de todas as coisas..