Olá pessoal!
Meu último post aqui no blog gerou uma dúvida em uma de nossas seguidoras, a Denise. Ela me perguntou a respeito das cadeias e resolvi colocar o esclarecimento de sua dúvida em uma postagem para podermos compartilhar mais esse conhecimento.
Segundo a Physio Pilates trabalhamos em estúdio com três tipos de cadeias:
Cadeia fechada – corresponde ao trabalho com descarga de peso em uma estrutura fixa. Por exemplo, o footwork na Reformer é um trabalho clássico de cadeia fechada. Outro exemplo é um agachamento em pé como o Assisted Squats segurando nas molas. De maneira geral a cadeia fechada é o ambiente mais estável e seguro do estúdio e permite, além disso, que se utilize, caso seja interessante, uma maior sobrecarga, através de maior resistência das molas.
Importante lembrar que estar em pé no solo é uma situação de cadeia fechada.
Cadeia pseudo fechada - é uma situação aonde nossa base de suporte, seja de pés ou mãos, nossa descarga de peso, acontece numa estrutura que se move em um eixo fixo. Um exemplo é o da postagem anterior, o footwork no Trapézio/Wall. A barra torre tem um movimento que acontece num eixo fixo.
O pedal da cadeira também é uma cadeia pseudo fechada. Importante observar o exercício que está sendo feito para classificar a cadeia. Por exemplo; sentado na Cadeira fazendo o Double Leg Pump (trabalho de pernas) a descarga de peso está no pedal, em cadeia pseudo fechada. No Lunge (famoso Castro Alves em Salvador) a cadeia é mista pois a perna da frente, descarrega seu peso no assento, em cadeia fechada e a perna de trás, apoia-se no pedal, em cadeia pseudo, desafiando a estabilidade da bacia.
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Num Hamstring III como na foto, o desafio da organização dos membros superiores acontece em uma cadeia fechada, pois as mãos estão sobre o assento fixo da cadeira. No entanto a maior ou menor assistência das molas, facilitando ou dificultando essa organização, se dá através de uma cadeia pseudo, já que se transmite pelos pedais que empurram pés, pernas, tronco.
Num trabalho de Long Strech na Reformer, seja de joelhos ou com pés apoiados, as mãos estão em cadeia fechada e os pés/joelhos em cadeia pseudo, já que o carrinho da Reformer se move dentro de um trilho. Em geral essa situação é mais desafiadora que as de cadeia fechada por gerarem maior instabilidade.
Cadeia aberta - é a mais instável e a que exige um maior controle do centro. Estamos falando, por exemplo, do trabalho com molas, seja de pernas ou braços. Não existe uma referência estável para os membros que se movem, apenas para os pontos fixos do corpo ( o apoio das costas no solo por exemplo).
Trabalhos de cadeia aberta são muito mais desafiadores e exigem (desenvolvem também) uma consciência corporal mais apurada.
Interessante observar que na Reformer o trabalho com cordas vai variar de cadeia conforme for sua utilização. Por exemplo: uma corda apenas, como um trabalho de manguito, é cadeia aberta. Quando utilizamos as duas cordas, como numa extensão ombros por exemplo, ou qualquer trabalho de pernas, estamos falando em cadeia pseudo, já que uma corda depende da outra e devemos deixar as duas tensas.
De qualquer maneira, seja a cadeia escolhida, lembrem-se sempre que esta é mais uma referência, mais um tipo de classificação que podemos utilizar no ambiente de Pilates a nosso favor e a favor do cliente. Para ele que seja o mais adequado a sua necessidade, para nós como mais uma referência didática e metodológica.
Por exemplo: observe se você não tem insistido demasidamente em um tipo único de cadeia ou, por outro lado, se não é mais interessante para determinado cliente optar pelo mesmo tipo de cadeia variando a máquinas. Lembre-se que, de uma forma ou de outra, é importante variar os estímulos pois isso proporciona diferentes vivências e, consequentemente, novas decobertas corporais.
Apenas procure sempre ter clareza do porquê de suas escolhas.
É isso aí! Qualquer dúvida, vamos compartilhar. Beijo.